sábado, 27 de fevereiro de 2016

Diamante perde sua posição de material mais duro do mundo

Grafite e diamante – as duas outras fases sólidas do carbono.

No final do ano de 2015 foi descoberto por um grupo de pesquisadores da North Carolina State University um novo material derivado do carbono, chamado Q-carbono. O material, denominado pelos cientistas como “terceira fase sólida do carbono”, não pode ser encontrado na natureza, exceto talvez no núcleo de alguns planetas, local em que há temperaturas e pressões elevadas.

Por que esta descoberta foi tão importante?

O material chamou a atenção do meio científico assim que se constatou que apresenta resistência e dureza superiores às do diamante, além de ser muito mais acessível do ponto de vista econômico. Este custo inferior é resultado de um processamento à temperatura ambiente e pressão atmosférica, muito diferente do que ocorre para obtenção do diamante sintético. Para obter o Q-carbono, é necessário cobrir com carbono amorfo um determinado substrato, que pode ser de safira, vidro ou polímeros termoplásticos e então incidir sobre este filme de carbono um pulso de laser de aproximadamente 200 ns de duração, fazendo com que a temperatura do filme alcance cerca de 3727°C. Em seguida, resfria-se o filme amorfo rapidamente, resultando em um filme de Q-carbono de 20 a 500 nm de espessura.

Testes mostraram que além da elevada resistência e dureza, o Q-carbono apresenta ainda caráter ferromagnético, ou seja, é facilmente magnetizável. Assim, o material pode ser atraído por ímãs ou mesmo ser uma possível matéria-prima para produzi-los. Outras características interessantes do Q-carbono são exibir um brilho intenso sob corrente elétrica e uma baixa função trabalho, tornando-o promissor para o desenvolvimento de novas tecnologias na área da eletrônica.

Atualmente, os cientistas conseguiram obter apenas filmes do material, o que ainda limita suas aplicações. No entanto, afirmam estar trabalhando no assunto e pretendem em breve entender melhor como manipular este material. Um outro fato interessante desta descoberta é que ao modificar a intensidade e duração dos pulsos de laser, a equipe consegue obter também estruturas de diamante sintético. Com isso, seria possível obter não somente o Q-carbono, mas também o diamante a partir de condições normais de temperatura e pressão, resultando em muita economia de energia no processamento e, com isso, preços mais acessíveis.

Fontes: 

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2016

Terra: Joia rara incomparável neste Universo

Uma equipe de astrônomos de diversas universidades ao redor do mundo fizeram um censo de exoplanetas e, partir dele, estimam que não existe nada como a Terra pelo universo que habitamos. Os resultados foram publicados recentemente no periódico científico The Astrophysical Journal

 Eles fizeram uma compilação de todos os exoplanetas terrestres que existem - foram descobertos dois mil deles, mas estima-se que existam 700 quintilhões no universo. Com esses dados foi possível fazer uma simulação no computador.

Em um primeiro momento, os astrônomos criaram uma espécie de mini universo que continha os modelos das primeiras galáxias. A partir disso, as leis da física foram aplicadas e, a partir daí, os cientistas conseguiram simular com as galáxias crescem e como os planetas se desenvolvem. Os astrônomos aceleraram a simulação em 13,8 bilhões de anos de história cósmica.  

Os dados mostram que a formação da Terra é única entre todos. Isso porque, de acordo com os cálculos, o nosso planeta é uma espécie de anomalia: não há nenhum outro na Via Láctea que seja mais velho, maior e tenha a capacidade de sustentar vida.   

"É surpreendente que estejamos em um ponto em que finalmente conseguimos fazer esse tipo de coisa", disse Andrew Benson, coautor do estudo, em entrevista ao Scientific American.  

Como aponta o Science Alert, os cientistas admitem que essas previsões possam ter falhas, ainda mais considerando o quão pouco se sabe sobre os exoplanetas. "Claro que há bastante incerteza nesse tipo de cálculo, nosso conhecimento dessas parcelas é imperfeito", disse Benson. Ainda assim, ter a possibilidade de fazer esse tipo de simulação é incrível - e pode trazer muitos benefícios para os estudos astronômicos nos próximos anos. 

Fonte: Galileu

Nota: 1 em 700 quintilhões. Esta é a probabilidade de haver outro planeta como a Terra neste Universo observável, segundo esta nova pesquisa científica. E você acreditou que tinha, só na nossa galáxia, milhares de outros 'planeta Terra', como disse Carl Sagan? Doce ilusão. A Terra não é coisa de amador não, é coisa de Profissional. Joia rara cheia de condições finamente ajustada para poder abrigar a vida. Obra das mãos daquEle que tudo sabe e tudo pode. Louvado seja Deus! [ALM]
Related Posts with Thumbnails
BlogBlogs.Com.Br